Total de visualizações de página

sábado, 22 de agosto de 2020

Apresentação de propostas na gestão urbana

 Existe uma repulsa dos Ambientalistas Brasileiros contra plantas chamadas exóticas. Sua posição, radical, idolatra a vegetação nativa. O assunto virou tabu: espécie exótica é do mal, nativa do bem. Polarização falaciosa. Espécies exóticas, sejam plantas ou animais, consideram se as originadas nos ecossistemas de regiões distintas da local, ou seja, estrangeiras. São exóticas no Brasil, por exemplo, as árvores típicas da Europa como o cipreste italiano. Da mesma forma, vieram de longe para arborização urbana a enorme tipuana (Argentina), o lindo flamboyant (Africano), a falsa seringueira (Asiática) e o álamo (Canadense). Apenas a sibipiruna ou outros coloridos ipês são nativos no Brasil. Nenhum cidadão discrimina a sombra fresca que todas oferecem ao calor do asfalto. Imperam também, dentre as frutas encontradas na mesa dos Brasileiros, as variedades importadas. A banana, a laranja e o figo têm origem na Ásia, enquanto abacate e o abacaxi vieram da América Central. Variadas origens caracterizam a fruticultura, como no caso da melancia (Africana), da manga e da jaca (Indiana), da maçã (Siberiana), do caqui e do pêssego (Chineses), da uva (do Oriente Médio), do Morango (Europeu). Houve, porém, forte restrição dos puritanos Ambientais. O temor ecológico contra plantas Exóticas advém, primeiro, do fato de que, sendo estranhas à flora nativa, elas participam das cadeias produtivas alimentares, pouco auxiliando na vida silvestre. Segundo, as espécies retiradas do seu ecossistema nativo se livram de predadores e parasitas naturais, que lá controlam sua população. Livres de competidores, podem se multiplicar exageradamente, prejudicando a flora e a fauna locais. Esse fenômeno, caracteriza as chamadas "invasoras", é tudo pelos estudiosos como a segunda maior ameaça mundial à Biodiversidade, perdendo somente para a exploração humana na destruição dos hábitos naturais. A gravidade da contaminação biológica causada por espécies Exóticas motivou a ONU a criar 1997, um programa específico para enfrenta lá. A matéria, complexa, caiu nas graças dos Ecoterroristas, os que pregam a catástrofe planetária. Em muitos casos, providências, algumas drásticas, precisam ser tomadas para impedir a invasão das exóticas dos Ecossistemas. Mas, embora exóticas, as plantas podem servir ao bem. Basta monitorar, se necessário controlar, pôr a técnica acima do preconceito ecológico. Nas áreas degradadas, algumas espécies florestais podem servir como "pioneiras", sombreando as mudas nativas para que cresçam melhor, favorecendo o processo de recuperação Ambiental, Por essa razão, o novo código florestal acabou permitindo, de forma restrita, o uso das exóticas em sistemas misturados com espécies nativas.


By Fernanda Hernandes

Em  defesa da Biodiversidade


https://participe.gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br/consulta/pmau