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domingo, 28 de setembro de 2025

Mobilização pelos Direitos Animais: Ato de 14/09 em Resposta ao Caso de Maus-Tratos em Bananal-SP

 

O Caso que Mobilizou a Sociedade

Em agosto de 2025, um caso chocante de maus-tratos a animais em Bananal, interior de São Paulo, causou indignação nacional. Segundo perícia técnica, um cavalo foi brutalmente mutilado com facão pelo próprio tutor, com as investigações concluindo que o animal estava vivo durante a agressão. Este caso representou um dos episódios mais cruéis de violência contra animais registrados na região, evidenciando a urgente necessidade de maior rigor na proteção dos direitos animais.

Mobilização dos Coletivos de Direitos Animais

Em resposta a este caso de extrema crueldade, diversos coletivos de proteção animal se uniram para organizar um ato público no dia 14 de setembro de 2025. A manifestação teve como objetivo repudiar veementemente o ocorrido e pressionar por justiça e mudanças na legislação de proteção animal.

Participação no Ato de 14 de Setembro

Fernanda Cristina Hernandes Kawabata esteve presente no ato organizado pelos coletivos, somando sua voz ao coro de indignação e exigência por justiça. Sua participação representou o engajamento ativo da sociedade civil na luta pelos direitos animais e contra a impunidade em casos de maus-tratos.

Objetivos da Mobilização:

  • Justiça: Cobrar punição rigorosa para o responsável pela crueldade contra o animal
  • Conscientização: Educar a sociedade sobre a importância do respeito aos direitos animais
  • Mudança Legislativa: Pressionar por leis mais severas contra maus-tratos a animais
  • Solidariedade: Demonstrar apoio às vítimas de violência animal e repúdio à crueldade

Importância da Mobilização Social

O caso de Bananal-SP e a resposta organizada pelos coletivos de direitos animais demonstra como crimes contra animais podem e devem mobilizar a sociedade civil. A presença de ativistas como Fernanda no ato do dia 14/09 evidencia que:

  1. A sociedade não tolerará crueldade: Casos extremos de maus-tratos geram repúdio coletivo e exigência de justiça
  2. Organização coletiva é fundamental: A união de diversos grupos amplia o impacto da mensagem
  3. Pressão social funciona: Manifestações públicas pressionam autoridades a agir com rigor
  4. Cada voz importa: A participação individual fortalece o movimento coletivo

Reflexões sobre Direitos Animais no Brasil

Este caso ilustra tanto os desafios quanto os avanços na proteção animal no país. Enquanto crimes hediondos como o ocorrido em Bananal ainda acontecem, a resposta rápida e organizada da sociedade civil demonstra crescente consciência sobre direitos animais.

A participação em atos como o de 14 de setembro representa mais do que protesto - é uma afirmação de valores éticos fundamentais e um compromisso com a construção de uma sociedade mais justa para todos os seres vivos.

Considerações Finais

A mobilização ocorrida no dia 14 de setembro de 2025 representa um marco importante na luta pelos direitos animais, demonstrando que a sociedade brasileira está cada vez mais atenta e disposta a se posicionar contra a crueldade. A participação ativa de cidadãos conscientes como Fernanda Cristina Hernandes Kawabata fortalece este movimento essencial e contribui para a construção de um futuro onde todos os animais sejam respeitados e protegidos.

O engajamento em causas como esta transcende o ativismo individual - representa um compromisso coletivo com valores de compaixão, justiça e respeito pela vida em todas as suas formas.











Cobrança de Compromisso Cage-Free: Ação da Animal Equality e Ativismo na Rede Marriott

 A organização Animal Equality tem desenvolvido campanhas globais para pressionar grandes redes hoteleiras a adotarem políticas livres de gaiolas (cage-free) em suas cadeias de suprimentos, especificamente no que se refere ao fornecimento de ovos. Essas políticas visam eliminar o confinamento extremo de galinhas poedeiras em sistemas de bateria convencionais.

O Compromisso Não Cumprido

A rede Marriott International, uma das maiores cadeias hoteleiras do mundo, havia assumido publicamente o compromisso de implementar políticas cage-free em suas operações. No entanto, a falta de transparência e de ações concretas para cumprir esse compromisso demonstrou uma postura negligente da empresa em relação ao bem-estar animal.

Ação de Cobrança e Manifestação

Como resposta à inércia da rede Marriott em cumprir suas promessas públicas, foram organizadas ações de cobrança direta. Fernanda Cristina Hernandes Kawabata, enquanto ativista pelos direitos animais, participou ativamente dessa mobilização, organizando e participando de manifestações pacíficas na porta de estabelecimentos da rede.

Objetivos da Manifestação:

  • Transparência: Cobrar informações claras sobre o cronograma de implementação das políticas cage-free
  • Responsabilização: Pressionar a empresa a honrar seus compromissos públicos assumidos
  • Conscientização: Educar o público sobre a importância do bem-estar animal na cadeia de suprimentos
  • Pressão social: Demonstrar que consumidores e sociedade civil acompanham e cobram o cumprimento de promessas corporativas

Importância da Ação Ativista

A negligência demonstrada pela rede Marriott em relação aos seus compromissos de bem-estar animal evidencia como grandes corporações podem usar promessas vazias como estratégia de marketing, sem real intenção de implementação. Ações diretas de cobrança, como a manifestação organizada, são fundamentais para:

  1. Manter a pressão pública sobre empresas que fazem promessas sem cumpri-las
  2. Dar visibilidade às questões de bem-estar animal
  3. Demonstrar engajamento cidadão com causas éticas
  4. Criar precedentes para outras empresas do setor

Considerações Finais

O ativismo responsável e a cobrança direta de compromissos assumidos são ferramentas legítimas e necessárias para garantir que as empresas honrem suas responsabilidades sociais e ambientais. A ação desenvolvida representa um exemplo importante de como a sociedade civil pode e deve se mobilizar quando há negligência corporativa em questões fundamentais como o bem-estar animal.

A continuidade dessas ações de monitoramento e cobrança é essencial para que compromissos corporativos não se tornem apenas estratégias de marketing vazio, mas resultem em mudanças reais e significativas nas práticas empresariais.


fotos da ação de 14/09: 

https://show.pics.io/2025-09-14-marriott-protest-sao-paulo


sexta-feira, 12 de setembro de 2025

Verticalização e Impactos Ambientais Permanentes

 Audiência Pública da Comissão de Política Militância Urbano-Ambiental no Alto do Ipiranga



Território, Pertencimento e Luta Política

Como moradora do bairro Alto do Ipiranga, minha trajetória política se entrelaça com as transformações urbanas que marcam este território histórico da cidade de São Paulo. O pertencimento ao movimento da Revolução Brasileira não se dissocia da experiência cotidiana de habitar um espaço urbano em constante disputa entre diferentes projetos de cidade.

O Alto do Ipiranga, região que carrega simbolismos da independência nacional, hoje se encontra no epicentro de debates fundamentais sobre os rumos do desenvolvimento urbano paulistano. É neste contexto territorial que minha militância se desenvolve, articulando a dimensão local da luta urbana com um projeto político mais amplo de transformação social.

A Luta Contra o Incinerador Vergueiro: Resistência Territorial

A participação na audiência pública de 12 de agosto de 2023 sobre o incinerador Vergueiro representa um marco na articulação entre militância política e defesa territorial. Como moradora diretamente impactada pela proposta, minha intervenção buscou evidenciar as contradições de um modelo de gestão urbana que concentra externalidades ambientais negativas em territórios populares.

O projeto do incinerador revela a persistência de uma lógica tecnocrática no planejamento urbano, que ignora as vozes das comunidades afetadas e reproduz padrões históricos de injustiça ambiental. Minha participação neste espaço democrático representou não apenas a defesa dos interesses imediatos dos moradores do Alto do Ipiranga, mas a afirmação de um projeto político que coloca a participação popular no centro das decisões sobre o território.

Usina Eco Cultural: Alternativa Popular ao Desenvolvimento

A defesa do projeto Usina Eco Cultural no Ipiranga como alternativa ao incinerador expressa uma concepção diferenciada de desenvolvimento urbano, alinhada com os princípios da Revolução Brasileira. Este projeto representa:

Economia Popular e Solidária: Criação de oportunidades de trabalho e renda baseadas na economia circular, contrapondo-se ao modelo predatório de gestão de resíduos.

Democratização Cultural: Integração de equipamento cultural em território periférico, rompendo com a concentração de investimentos culturais nas áreas centrais da cidade.

Sustentabilidade Territorial: Solução ambientalmente adequada que respeita as características locais e promove a regeneração urbana.

Participação Comunitária: Processo de concepção e gestão que envolve ativamente os moradores, fortalecendo vínculos comunitários e capacidade organizativa local.

Revolução Brasileira e Questão Urbana

Minha militância no movimento da Revolução Brasileira se nutre da compreensão de que a transformação social passa necessariamente pela disputa do território urbano. O Alto do Ipiranga, como espaço de moradia e organização política, se torna laboratório de experimentação de relações sociais baseadas na solidariedade, na sustentabilidade e na democracia participativa.

A luta urbana não se restringe à defesa de interesses corporativos ou localizados, mas se articula com um projeto nacional de superação das desigualdades estruturais que marcam a sociedade brasileira. Neste sentido, a resistência ao incinerador e a proposição de alternativas sustentáveis se inscrevem numa estratégia mais ampla de construção de poder popular.

Contradições do Planejamento Urbano Capitalista

A experiência de militância urbano-ambiental no Alto do Ipiranga revela as contradições fundamentais do modelo de desenvolvimento urbano hegemônico. O Plano Diretor Estratégico de São Paulo, apesar de incorporar diretrizes de sustentabilidade, mantém lógicas excludentes que reproduzem desigualdades territoriais.

Como moradora e militante, observo cotidianamente como as políticas de adensamento urbano, quando não acompanhadas de instrumentos redistributivos efetivos, podem intensificar processos de gentrificação e expulsão da população de menor renda. A defesa do direito à cidade passa pela construção de alternativas concretas que demonstrem a viabilidade de um desenvolvimento urbano includente e sustentável.

Perspectivas da Luta Urbana Popular

A não promulgação do incinerador Vergueiro até o presente momento evidencia a força da organização popular quando articulada em torno de propostas concretas e viáveis. Esta vitória parcial fortalece a compreensão de que é possível interferir nos rumos do desenvolvimento urbano através da mobilização comunitária e da proposição de alternativas.

Minha trajetória como moradora do Alto do Ipiranga e militante da Revolução Brasileira se consolida na perspectiva de que a transformação da cidade é indissociável da transformação da sociedade. O território urbano se constitui, assim, como espaço privilegiado de experimentação de relações sociais emancipatórias e de construção de um projeto político alternativo para o Brasil.

A luta continua, enraizada no território, articulada nacionalmente, orientada pela utopia de uma cidade justa, democrática e sustentável. 

(Minha fala ocorreu às 1h35).

https://www.youtube.com/live/qSYYuyXLxLg?feature=share 


https://www.saopaulo.sp.leg.br/audienciaspublicas/audiencia/urb03-12-08-2023/